Um grupo de investigadores da NASA descobriu dois animais diferentes, uma espécie de camarão e uma espécie de medusa, movendo-se no mais improvável dos ambientes gelados, na Antárctida, sob um grande bloco de gelo, mais de 180 metros abaixo do nível do mar.
A equipa da NASA, dirigida por Robert Bindschadler, encontra-se no glaciar de Pine Island, na Antárctida a fazer estudos para compreender melhor a interacção entre o gelo e o oceano nas plataformas de gelo da Antárctida, e a influência que o aumento médio de temperatura na Terra tem sobre a integridade destas plataformas flutuantes (ver aqui para saber mais).
Foi no âmbito deste trabalho que a equipa de investigadores resolveu descer uma câmara de filmar ao longo de um furo com 20 cm de diâmetro, feito na placa de gelo para poder filmar a superfície da placa exposta à acção do oceano.
O bichaninho que aparece no filme (obtido do YouTube) é um anfípode (pequeno crustáceo semelhante ao camarão) com sensivelmente 7 cm de comprimento. E aparece num local super gelado e escuro, com temperaturas negativas, onde não era esperada a existência de organismos multicelulares, quanto mais camarões!!!
Esta descoberta está a entusiasmar a comunidade científica, em especial a ligada à astronomia e à exobiologia (ramo da ciência que estuda a possibilidade de existência de Vida fora do planeta Terra). O local explorado por Bindshadler e a sua equipa é muito frio (temperaturas negativas) e não recebe luz solar. Pensava-se que neste tipo de ambiente apenas poderiam sobreviver microorganismos unicelulares, capazes de produzir o seu próprio alimento. A descoberta de não um, mas possivelmente dois organismos multicelulares permite aos exobiólogos acreditar que é possível existirem formas de Vida em ambientes considerados adversos, como Marte e Titã (a maior lua de Saturno).
Os biólogos têm opiniões divergentes quanto à origem do pequeno anfípode. Cynan Ellis-Evan, microbiólogo da British Antarctic Survey achou a descoberta intrigante, mas considera que o anfípode terá muito provavelmente vindo de outro local. A bióloga Stacy Kim do Moss Landing Marine Laboratories situado na Califórnia, EUA, tem outra opinião. Kim encontra-se agora a trabalhar com a equipa de Bindschadler.
O local onde foi feito o furo situa-se a mais de 20 km de mar aberto, muito longe, segundo Kim, para o pequeno anfípode ser apanhado em filme “por mero acaso”. Para além disso, ao ser puxado para cima, o cabo que segurava a câmara de filmar arrastou o que parece ser o tentáculo de uma medusa.
A equipa da NASA, dirigida por Robert Bindschadler, encontra-se no glaciar de Pine Island, na Antárctida a fazer estudos para compreender melhor a interacção entre o gelo e o oceano nas plataformas de gelo da Antárctida, e a influência que o aumento médio de temperatura na Terra tem sobre a integridade destas plataformas flutuantes (ver aqui para saber mais).
Foi no âmbito deste trabalho que a equipa de investigadores resolveu descer uma câmara de filmar ao longo de um furo com 20 cm de diâmetro, feito na placa de gelo para poder filmar a superfície da placa exposta à acção do oceano.
O bichaninho que aparece no filme (obtido do YouTube) é um anfípode (pequeno crustáceo semelhante ao camarão) com sensivelmente 7 cm de comprimento. E aparece num local super gelado e escuro, com temperaturas negativas, onde não era esperada a existência de organismos multicelulares, quanto mais camarões!!!
Esta descoberta está a entusiasmar a comunidade científica, em especial a ligada à astronomia e à exobiologia (ramo da ciência que estuda a possibilidade de existência de Vida fora do planeta Terra). O local explorado por Bindshadler e a sua equipa é muito frio (temperaturas negativas) e não recebe luz solar. Pensava-se que neste tipo de ambiente apenas poderiam sobreviver microorganismos unicelulares, capazes de produzir o seu próprio alimento. A descoberta de não um, mas possivelmente dois organismos multicelulares permite aos exobiólogos acreditar que é possível existirem formas de Vida em ambientes considerados adversos, como Marte e Titã (a maior lua de Saturno).
Os biólogos têm opiniões divergentes quanto à origem do pequeno anfípode. Cynan Ellis-Evan, microbiólogo da British Antarctic Survey achou a descoberta intrigante, mas considera que o anfípode terá muito provavelmente vindo de outro local. A bióloga Stacy Kim do Moss Landing Marine Laboratories situado na Califórnia, EUA, tem outra opinião. Kim encontra-se agora a trabalhar com a equipa de Bindschadler.
O local onde foi feito o furo situa-se a mais de 20 km de mar aberto, muito longe, segundo Kim, para o pequeno anfípode ser apanhado em filme “por mero acaso”. Para além disso, ao ser puxado para cima, o cabo que segurava a câmara de filmar arrastou o que parece ser o tentáculo de uma medusa.
Notas:
- A NASA refere que os estudos preliminares do grupo de Bindschadler serão apresentados dia 17 de Março numa conferência sobre a exploração e estudo de ambientes aquáticos subglaciares da Antárctica, organizada pela American Geophysical Union;
- Esta notícia aparece no jornal português online Ciência Hoje.
A origem do "anfípode" pode ser incerta, mas parece ser inegável que é resistente às condições adversas. Interessante.
ResponderEliminarDeveras impressionante,a natureza supera realmente TUDO!!!
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