A gripe espanhola de 1918-1919 é considerada a mais grave pandemia de gripe do século XX. Estima-se que pelo menos um terço da população mundial foi afectada, tendo morrido perto de 50 milhões de pessoas. Esta situação levou por vezes a medidas drásticas. Uma análise publicada online na revista Clinical Infectious Diseases (CID) refere-se a uma dessas medidas, a prescrição de doses excessivas de aspirina aos doentes.
A aspirina é um medicamento versátil, que faz diminuir a febre e o grau de dor física, sendo utilizada com sucesso do tratamento de inflamações. Foi sintetizada pela primeira vez em 1897 e no princípio do século XX já era largamente utilizada na Europa e Estados Unidos da América. No entanto a forma de actuação da aspirina só foi esclarecida totalmente em 1971 (o cientista John Vane recebeu o prémio nobel em 1982 por este facto).
Actualmente o valor máximo de aspirina recomendado é de 150 mg/kg por dia, correspondente a 7,5 g de aspirina para uma pessoa com 50 kg. O site oficial da Bayer recomenda, para um adulto, um valor diário máximo inferior a 4 g (correspondente a 8 comprimidos de 500 mg), repartido por tomas espaçadas entre 4 a 8 horas. Mas segundo o artigo da CID, no outono de 1918, no pico da pandemia de gripe, os doentes podiam tomar doses diárias que variavam entre 8,0 g e 31,2 g.
Karem Stako, autor do artigo, refere que as doses administradas em 1918 seriam suficientes para provocar dificuldades respiratórias em um terço dos doentes e que 3% dos doentes a que foi ministrado aspirina em excesso terá, muito provavelmente, desenvolvido edema pulmonar. Ambas estas situações clínicas contribuem para o agravamento do estado do doente, que se torna mais susceptível a infecções bacterianas (a aspirina não é um antibiótico), podendo, por si só, provocar a morte.
Tomar aspirina não é perigoso se for seguida a prescrição do médico e a informação fornecida com cada embalagem, que refere as doses recomendadas pelo fabricante, as contra-indicações e possíveis efeitos secundários. Mas o artigo de Stako, embora referindo-se a um caso extremo de medidas tomadas durante uma pandemia, vem uma vez mais lembrar-nos que, antes de decidirmos tomar qualquer medicamento, devemos consultar um médico e ler a informação incluída na caixa.
A aspirina é um medicamento versátil, que faz diminuir a febre e o grau de dor física, sendo utilizada com sucesso do tratamento de inflamações. Foi sintetizada pela primeira vez em 1897 e no princípio do século XX já era largamente utilizada na Europa e Estados Unidos da América. No entanto a forma de actuação da aspirina só foi esclarecida totalmente em 1971 (o cientista John Vane recebeu o prémio nobel em 1982 por este facto).
Actualmente o valor máximo de aspirina recomendado é de 150 mg/kg por dia, correspondente a 7,5 g de aspirina para uma pessoa com 50 kg. O site oficial da Bayer recomenda, para um adulto, um valor diário máximo inferior a 4 g (correspondente a 8 comprimidos de 500 mg), repartido por tomas espaçadas entre 4 a 8 horas. Mas segundo o artigo da CID, no outono de 1918, no pico da pandemia de gripe, os doentes podiam tomar doses diárias que variavam entre 8,0 g e 31,2 g.
Karem Stako, autor do artigo, refere que as doses administradas em 1918 seriam suficientes para provocar dificuldades respiratórias em um terço dos doentes e que 3% dos doentes a que foi ministrado aspirina em excesso terá, muito provavelmente, desenvolvido edema pulmonar. Ambas estas situações clínicas contribuem para o agravamento do estado do doente, que se torna mais susceptível a infecções bacterianas (a aspirina não é um antibiótico), podendo, por si só, provocar a morte.
Tomar aspirina não é perigoso se for seguida a prescrição do médico e a informação fornecida com cada embalagem, que refere as doses recomendadas pelo fabricante, as contra-indicações e possíveis efeitos secundários. Mas o artigo de Stako, embora referindo-se a um caso extremo de medidas tomadas durante uma pandemia, vem uma vez mais lembrar-nos que, antes de decidirmos tomar qualquer medicamento, devemos consultar um médico e ler a informação incluída na caixa.
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